Alta de 4,1% na produção industrial em junho e de 1,7% no setor de serviços gera otimismo. Fazenda prevê crescimento acima de 2,5%.
O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Ricardo Stuckert/PR).
- Os dados recentes da economia brasileira continuam a superar as expectativas, reforçando um cenário de atividade aquecida. Após a produção industrial ter subido 4,1% em junho, frente a uma projeção de 2,7%, o setor de serviços também apresentou um resultado acima do esperado. Segundo a jornalista Míriam Leitão, de O Globo, o desempenho positivo levou algumas instituições a revisarem suas previsões de crescimento da economia para 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse na segunda-feira (12) que a pasta deve elevar sua projeção de crescimento do PIB, atualmente em 2,5%.
Segundo dados divulgados pelo IBGE, os serviços cresceram 1,7% em junho em comparação a maio, com destaque para o segmento de transportes. Esse resultado foi o maior desde 2022, superando a expectativa do mercado, que era de 0,8%.
Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos, avalia que o desempenho robusto dos serviços indica uma atividade econômica mais forte do que o previsto para o período. Sousa afirma que "ainda que sem posse dos resultados das vendas no varejo de junho, já revisamos nossa perspectiva de PIB de 2,1% para 2,3%”. Igor Cadilhac, economista do PicPay, disse que a companhia espera os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) para reavaliar sua previsão para o PIB (Produto Interno Bruto), mas admite que pode revisar diante do bom desempenho econômico recente.
Ainda segundo a reportagem, o Bradesco destaca em seu relatório que o crescimento da receita de serviços em junho sugere um PIB em ritmo semelhante ao do primeiro trimestre do ano. A instituição revisou sua projeção de crescimento econômico para 2,3%, com viés de alta, e observa que a Pesquisa Empresarial realizada pelo banco "sugere que a economia mantém esse dinamismo nos primeiros números referentes ao terceiro trimestre".
Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre, chama atenção para a melhoria difundida por todos os segmentos do setor de serviços em junho, o que ele considera como um dos motivos para o resultado ter superado as expectativas de mercado. "Essa melhora difusa pode explicar o resultado ter vindo tão acima da projeção. Quando a gente olha o passado da série, são variações muito pequenas. Se a gente olhar a série em médias móveis trimestrais, há uma alta de 0,9%. Mantendo-se esses bons resultados de emprego, de renda, uma inflação de certa forma controlada, podemos esperar uma melhora no segundo semestre.
Com informações do site Brasil 247
Por Marquinhos Locutor
Economia do Brasil - segue surpreendendo e leva bancos e analistas a revisarem projeção do PIB de 2024
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