Volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 17,64 bilhões no Ibovespa e R$ 22,93 bilhões na B3
Depois do ajuste negativo de ontem, o Ibovespa voltou a subir hoje, após dados de varejo e mercado de trabalho dos Estados Unidos surpreenderem para baixo. Assim, os rendimentos dos Treasuries e o dólar recuaram e o petróleo subiu, o que resultou em alta firme dos papéis da Petrobras e algum ímpeto comprador em ações sensíveis às taxas de juros.
No fim do dia, o índice subiu 0,62%, aos 127.804 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 126.932 pontos, e, nas máximas, os 127.824 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 17,64 bilhões no Ibovespa e R$ 23,01 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,58%, aos aos 5.029 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,91%, aos 38.773 pontos e Nasdaq subiu 0,30%, aos 15.906 pontos.
O mercado reagiu hoje a dados dos Estados Unidos que vieram abaixo das expectativas e ajudaram a não deteriorar ainda mais as expectativas sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed). As vendas do varejo no país caíram 0,8% em janeiro ante dezembro, enquanto economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” previam baixa menor, de 0,3%. Já a produção industrial caiu 0,1% na mesma comparação, enquanto o consenso do mercado era de alta de 0,2%.
Houve, então, queda dos rendimentos dos Treasuries, aumentando o apetite por risco de investidores globais, e do dólar, permitindo uma alta de 1,54%, a US$ 82,86, do futuro do petróleo Brent para abril. Os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras, por sua vez, registraram ganhos de 2,84% e 3,20%, respectivamente, o que impulsionou o Ibovespa durante a tarde.
Os não residentes entraram com força no mercado local no fim do ano passado e impulsionaram os preços. Agora viraram a mão e tivemos correção, que não foi maior no Ibovespa porque as ações da Petrobras seguraram. O comportamento dos Treasuries foi e deve seguir sendo o principal direcionador dos ativos", diz Tomás Awad, sócio-fundador da 3R Investimentos.
"Acredito que o cenário que foi precificado lá atrás foi apenas adiado. Os dados ainda não corroboram isso, mas a atividade dos EUA eventualmente vai desacelerar e os juros vão cair", afirma. "As famílias americanas estão tomando dívida para consumir e, apesar de não sabemos quando e por que essa tendência vai mudar, eventualmente vai ocorrer. E acredito que será um movimento mais profundo do que se espera atualmente."
O gestor não acredita que a bolsa seja barata como um todo porque o cenário macro local segue desafiador, mas diz que há boas oportunidades de compra e de venda. "Nosso foco é em empresas com momento operacional melhorando e possibilidade de se beneficiar com a queda dos juros, que pode ser maior do que o mercado precifica", diz.
Ibovespa sobe com exterior positivo
Criado PorM10 Notícias: Marquinhos Locutor
-
0